Periodicidade de publicação de poemas

Caros leitores:
Espero que desfrutem na visita a este espaço literário. Este sítio virtual chama-se “Maria Mãe” e tem como página principal os poemas de Maria Helena Amaro.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

81º Concurso de Quadras de S. João, 2009 - Jornal de Notícias - I


(Ilustração de Maria Helena Amaro)




Onde vais assim vestida
com a tua saia em balão?
- Vou ganhar a minha vida
na noite de S. João!



Onde vais tu ó Maria
com o manjerico na mão
- Vou viver com alegria
a noite de S. João!


Era espinho de roseira
de roseira sem botão,
Floriu! Que pasmaceira,
na noite de S. João!




Maria Helena Amaro
Concurso de Quadras de S. João, 2009 - Jornal de Notícias

domingo, 25 de novembro de 2012

Páscoa 2009 (vários)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fotografia de António Sequeira)
 
 
 
Para a Lola:
 
 
«Tempo de luz
em harmonia...
Floriu a Cruz
Aleluia!»
 
 
Para o Pedro Miguel:
 
«A passarada
anda no ar
tempo de paz
e de alegria
Voa sem dor
sempre a cantar
Aleluia! Aleluia!»
 
 
Para o Tomané:
 
«Todas as Páscoas
tem a sua história
mas a mais bela
é aquela
que retemos
na memória.»
 
Maria Helena Amaro
abril, 2009
Cartões de felicitação.

 
 

sábado, 24 de novembro de 2012

Páscoa 2009 - Pedro António



(Fotografia de António Sequeira)

- Coelho de Páscoa
é o Pedrinho
a saltitar
pelo caminho
a procurar
o seu ovinho
escondidinho!


Maria Helena Amaro
1 de abril de 2009
Cartão de felicitação.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Francisco - Páscoa 2009




















(Fotografia de António Sequeira)



Ovo de Páscoa
é o Francisquinho
biquinho
de fora
se dá um beijinho
ao seu avozinho
quando vai embora.


Maria Helena Amaro
Cartão de felicitação de Dia de Páscoa
1/4/2009

domingo, 18 de novembro de 2012

Convite - Reunião de Curso 2009


(Ilustração de Maria Helena Amaro)


Vinde todos,
vinde todos ao Encontro
recordar
ponto por ponto
os tempos da mocidade...
Tudo tem a sua história
nesse ditoso passado;
e contar não é preciso
basta apenas um sorriso
e um abraço apertado.

Vinde todos,
vinde todos sem demora,
que o Encontro é lição
da Alegria e de Amizade.
Algumas já foram embora
mas estão em cada hora
em imagem de Saudade
neste nosso coração.

Façamos uma promessa
com Esperança e com Verdade:
«Enquanto a vida deixar
havemos de nos juntar
e esquecer a idade»

Maria Helena Amaro
Inédito, abril de 2009

sábado, 17 de novembro de 2012

Reflexão VII





















(Fotografia de António Sequeira)


Houve tanta opção na minha vida
Perguntas, sem resposta, ideias sem sentido,
versos escritos em forma de gemido,
sonhos, loucuras, tanta coisa perdida.

Caminho nua nesta longa jornada,
as mãos vazias, o corpo esfarrapado,
rasgo em pedaços as folhas do passado,
vivo esta noite que não tem madrugada.

Se me perguntas onde vou não sei
onde estão esses a quem tudo entreguei
e dos quais nem risos recebi.

Nesta procura, de mim nada salvei,
nesta amargura negra, mergulhei...
Quem vem salvar-me? Quem me tira daqui?


Maria Helena Amaro
Inédito, março 2009 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Apelo (fogueira)



(Ilustração de Maria Helena Amaro)


Torna-se a vida numa fogueira acesa
de labaredas de dor e desespero
quem sou eu já não sei, o que tenho não quero
toda a revolta é prata à minha mesa

Choro e não choro e só quero chorar...
digo e não digo e só quero dizer...
Só versos mortos os que escrever...
Tenho na voz a alma a sufocar

Por onde vou só me quero perder
caminho estreito que irei palmilhar
noite de  dor sem estrelas ou lua...

Ó quem pudesse ajudar-me a sofrer
esta amargura que me vem atolar,
que imunda de tristeza a minha rua!


Maria Helena Amaro
Inédito, fevereiro de 2009.




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Periodicidade de publicação

Caros leitores:
De forma a dar um maior relevo à página de contos deste mesmo espaço virtual denominado “Maria Mãe” os poemas de Maria Helena Amaro continuarão a ser publicados na página inicial, mas apenas à quarta-feira, sábado e domingo. Nos restantes dias da semana serão editados os contos da mesma autora – página contos em edição.
Assim, os leitores terão mais tempo para ler e fruir as criações literárias da autora.
Um abraço virtual.
António Sequeira.
12 de novembro de 2012. 

domingo, 11 de novembro de 2012

Pausa VIII

(Ilustração de Maria Helena Amaro)



Varre o passado. Não o recordes mais.
Todos os sonhos se tornaram dores...
Já não há madrugadas de flores.
Nem as serenas tardes outonais.

Foste senhora de riquezas tais:
hinos, canções, quimeras, esplendores.
Era um passado de radiosas cores,
versos de amor, cantigas, madrigais.

Tudo se foi, não voltará jamais.
Varre o passado, não o recordes mais.
Morreram anjos, morreram trovadores...

Os desgostos da vida são chacais
deixam na tua vida os seus sinais
rugas, cansaço, amargos dissabores.


Maria Helena Amaro
Inédito, fevereiro 2009.

sábado, 10 de novembro de 2012

Dor (nas tuas mãos)


(Ilustração de Maria Helena Amaro)


Nas tuas mãos inertes e vazias
restam as cinzas da fogueira apagada.
Foram-se as labaredas. São tão frias,
estas horas que esperam madrugadas!

Foram-se também as alegrias,
o repicar da festa anunciada...
Sonhos, anseios, promessas,  fantasias
de uma vida serena e demorada.

Tudo se foi em louca revoada
na voragem triste  destes dias
na certeza que é ida sem regresso.

Como posso então ficar calada
ao descobrir o fosso onde te enfias?
Canto à vida a minha dor em verso!


Maria Helena Amaro
Inédito, fevereiro 2009.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Carta/mensagem



















(Ilustração de Maria Helena Amaro)


Gostava que soubesses
que foste um sonho lindo
que um dia encontrei
e não quis agarrar...

Tão distante andava
que passaste por mim
que chamaste o meu nome
e não quis escutar...

Onde fui procurar
um caminho diferente
que nunca me encontraste
de tão longe que era...

Ficou-me na lembrança
o teu riso sereno
figura fugídia
em doce primavera...

Maria Helena Amaro
Inédito, março, 2009

 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sem Abrigo

(Ilustração de Maria Helena Amaro)

Na rua estreita
na rua escura
a lua espreita
toda brancura...

Vou pela noite
num tremedouro
frio é açoite
chuva é um choro

Alma descalça
corpo transido
Para quem passa
sopro é gemido

Mágoa sem nome
em cada porta
morro de fome
mas não estou morta

Quando chegar
a madrugada
volta a cantar
a passarada

E eu, então
volto a nascer
O sol na mão
vai-me aquecer!

Maria Helena Amaro
janeiro, 2009

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Carta



















(Ilustração de Maria Helena Amaro)


Ondes estás,......, por onde andas
por que zonas de sombra te deterás?
Por que sítios, por que ruas, por que bandas,
que nada sei de ti e dos teus bens...

Os males estão comigo nesta hora...
- é o mais só que a solidão contém -
Mágoa vai... mágoa é... e mágoa vem...
E o desalento já não vai embora!

Ai que saudades da nossa meninice,
em que amar e desamar era ventura,
em que o riso e o choro eram amigos...

Esquecer é bom... Mas quem o disse?
Na minha alma há restos de ternura
e são bem teus os meus risos antigos!

Maria Helena Amaro
Inédito, janeiro 2009


 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sagarrito


(Ilustração de Maria Helena Amaro)


Sou filho duma peixeira
sou filho dum pescador
o meu lar foi a traineira
o mar f (é) o meu Amor!

Onda vem... e onda vai
onda vai e onda vem
Lá corro atrás do meu pai
e da saia da minha mãe!

A nuvem p´rá mim é Sol
O sol é brasa que arde
Procuro a Luz do Farol
quando surge a tempestade

Tenho cieiro na boca
tenho frio no nariz
Procuro o cheiro da doca
que me torna tão feliz!

Maria Helena Amaro
Inédito, janeiro, 2009

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Guiomar

















(Ilustração de Maria Helena Amaro)


Guiomar
vai no mar
rosto de cor
riso em flor
ver seu amor
a mergulhar...

Guiomar
não vai nadar
vai só ver
o seu amor
na espuma do mar
no seu batel
a navegar...

Ai, Guiomar
se não fosse o luar
a reparar
no seu rosto de cor
entregava sem pensar
o seu rubor...

Mas Guiomar
foi ao mar
com seus olhos de menina
fez do mar
a sua sina
e do João
seu amor,
o acaso
a neblina
que a prendeu
que a prende
nesse verão que não morreu
lá na praia de Esposende.

Maria Helena Amaro
Inédito, janeiro, 2009

domingo, 4 de novembro de 2012

Prece (Tono)

(Ilustração de Maria Helena Amaro)

Senhora da Saúde
Senhora da Soledade
Senhora da minha dor
e da minha verdade.
Senhor dos Aflitos
Senhor do Bom Jesus
Dos meus sonhos bonitos
cheios de cor e luz...
Senhora dos lamentos
de trajectos tão vários
dos grandes sofrimentos
das Cruzes dos Calvários
Da noite que se vai
perdido na altura
do Sol que há de nascer
pejado de amargura...
Senhora das Esperas
que esperou Jesus
eu espero e não quero
o arrastar da Cruz.
Senhora da Esperança
com rosto de mulher
em olhos de criança
aceita o meu sofrer...
 
Maria Helena Amaro
Inédito, janeiro de 2009.

sábado, 3 de novembro de 2012

O Amor

 
 
 
 
 
 
 
 
(Ilustração de Maria Helena Amaro)


O Amor
às vezes
é só uma flor
que nasce
cresce
floresce...
Um dia
quando o Sol aquece
enrubesce
fenece
falece
esquece...
Amor assim
ninguém merece
porque o Amor
perene e verdadeiro
não morre
vive
permanece

E quando o Sol da vida
se vai
e esmorece
Esse Amor
fica na alma
numa prece...


Maria Helena Amaro
Inédito, 14 de fevereiro de 2009.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Noite de Natal

(Fotografia de António Sequeira)

Ao anoitecer vens ter comigo
e vamos pela noite mão na mão.
Encontramos na rua «os sem abrigo»,
embrulhados em trapos e cartão.

Surge em cada canto da cidade
um presépio de fome e sofrimento.
Quem vive de partilha e caridade?
Quem vive sem saúde ou alimento?


As ruas e montras enfeitadas,
cheias de cor e luz, iluminadas,
gritam ao mundo farturas e riqueza.


Dormem em casa pessoas descansadas…
Dormem na rua crianças desprezadas…
Que mundo é este? Quem causa esta pobreza?
          


  Maria Helena Amaro
Inédito, Dezembro 2010.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Presença I (Tono 2011)



(Ilustração de Maria Helena Amaro)
 

Todos nos dizem com imensa doçura
que a morte é leve e passageira,
e que os mortos ficam à nossa beira,
confiantes no nosso amor/ternura.


Se,  for verdade, então esse dizer
nós queremos crer, queremos acreditar,
que não se foi embora o teu olhar,
e permaneces neste nosso viver.


Sentimos que esta Fé não é em vão,
fazemos dela, um hino, uma oração,
e preenchemos a saudade deste jeito:


A procurar-te na nossa solidão,
és tu que nos levas pela mão,
e nos indicas o caminho mais perfeito.

 
Maria Helena Amaro
Braga,  fevereiro de 2011