Quando eu era criança,
De alma toda pura
Pensava que o orvalho das manhãs
Era pranto de fadas sem ventura...
As pedras do caminho tinham nomes,
As silvas eram belas
E quantas noites eu ficava ao relento
A contar as estrelas!...
Lançava nas poças, lá da rua,
Barquinhos de papel:
Iam cheios de bolas de sabão
Azuis ou cor de mel...
E as bonecas de trapos tinham alma
E sabiam chorar...
Quantas vezes, corria campos fora
Alegre, a saltitar!...
Quando eu era criança.
De saias rendilhadas,
A Primavera durava a vida toda
E a tristeza vestia-se de branco...
Erguia os braços atrás das borboletas,
Falava aos passarinhos...
E lavava as minhas mãos sedosas
Na lama dos caminhos...
Quando eu era criança
E as manhãs saudava a sorrir...
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Depois...
Porque cresci, Senhor?
Os Homens ensinaram-me a mentir!!!...
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
Votei no seu Maria Mãe.Tenho diversos blogues
ResponderEliminarmas não soube atempadamente deste concurso.
Já me registei no seu blogue.
Se quiser dar uma olhadela aos meus
pode começar por http://sinfoniaesol.wordpress.com
ou http://intemporal-pippas.blogspot.com
último e primeiro blogues que criei.
Um beijinho
Irene
Obrigado.Vou espreitar os seus trabalhos. Boas criações e boas leituras.
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