Venho de longe, de países sem nome
De cidades sem luz
De caminhos sem fim...
Trago comigo os meus sonhos ciganos
Os meus risos de dor
Os desalentos de tardes sem ocaso
De manhãs sem aurora
De estios sem sol
De marés sem espuma
De outonos sem cor...
Venho de longe
Cheguei ontem na calada da noite
E repousei na fé
Amanhã
Fugindo ao desespero
Irei tentar de novo
À conquista da esperança...
Venho de longe...
(onde encontrar guarida?)
A procurar em vão
No mundo ando perdida!!!
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Senhor! Eu tenho a Vida!
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
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