E chamar mãe à calçada da rua
E afagar a Dor de te não ter
Tu hás de viver dentro de mim
Na suave lembrança
Daquela Primavera...
Ainda que a Vida seja Inverno
E me transforme a alma toda em lama,
Por entre a chuva da desgraça
Tu hás de ser o Sol da minha Esperança
A sorrir no firmamento escuro
Numa promessa branca...
Ainda que a Vida seja toda
Um vendaval sem luz e sem Ventura
Sem Aurora a romper,
Tu hás de morar dentro de mim
Hoje
Amanhã
Com as ondas do mar mora a espuma
Sempre, sempre a crescer!
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973.
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