Agosto…
Das flores perdidas nos caminhos
Singelas como pedras ambarinas
À mercê da poeira…
Das canções ridentes como o Sol
Ingénuas como risos de crianças
Ou botões de roseira…
Duas aves cruzando o Infinito
Em busca das alturas…
Da Lua a espelhar-se toda rendas
Na quietude dourada
Das grandes planuras…
Dos olhos transparentes das meninas
Atrás das borboletas…
Dos malmequeres que se desfolham brancos
Sobre o roxo azulado
Das pobres violetas…
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Agosto
De mais o quê, meu Deus?
Daquelas mãos estreitas
Unidas e direitas
Em direção dos Céus!
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
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