(Fotografia de António Sequeira)
Meu pai, meu livro de lembranças,
que escrevi ao longo da minha vida,
é para mim a obra mais sentida,
fala de amor, de paz e de crianças.
Meu pai, meu livro de poemas,
de gravuras, de sonho e de ternura,
sem cruezas; sem rios de amargura.
Um molho enorme de belas açucenas.
Meu pai, minha serenata, de cigarra,
de uma cantiga tangida de guitarra,
companheira de sossego e de calma.
Meu pai sereno, vestido de humildade,
tão sereno em leis, em lealdade,
era o meu cais no mar da minha alma!
Maria Helena Amaro
Junho, 2014
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