Requiem
Deus dá-nos com a vida
escadas a subir
e rampas a descer…
Tuas escadas tinham grades douradas
e corrimões perfeitos…
Em inteligência, sabedoria e força
tu foste na família
eleito entre os eleitos…
Sereno como um lago
Com leveza de corça.
Foi com um travo amargo
que desceste as cruas rampas
que a vida te deu…
No florir da vida
longe do amor, da família, da terra,
longe, tão longe, onde o sol escurece
viveste a guerra
que ninguém quis ou quer…
Pouco para sonhar
menos para viver
e nada para amar…
Que rampas tão doridas de descer!
Ficam connosco, na memória dos tempos,
a tua imagem, o teu sorriso doce,
a miragem de um tempo de flores,
as corridas na praia de Esposende,
as horas perdidas em Foz de Arouce
os louvores militares,
com honras e medalhas…
Pois, se a morte dói…
tu foste entre nós todos
um Herói!
Em 28/02/2014, da Maria Helena Amaro
Belíssimo poema. Grandioso, de rara beleza estética. Parabéns!!!!!!!!!!
ResponderEliminarBoas leituras! Um abraço virtual.
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