(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Puseste em mim essas asas de condor,
e voámos com elas céu inteiro.
Eras amor, o meu amor primeiro,
amor tão puro, um consagrado amor.
«Não me tirem as asas! Por favor!»
Rogava em prece ao anjo mensageiro,
quero voar no céu em voo passageiro,
que alguém me pôs as asas de condor.
Voar em liberdade, bem maior!
Beijar na nuvem a força do sol por
e vadiar sem levar timoneiro...
Perdi as asas... O voo foi de dor,
morreu um dia o meu rei e senhor,
fiquei no chão... Que voo traiçoeiro.
Maria Helena Amaro
Agosto de 2014
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