(Fotografia de António Sequeira)
Rasga a memória. Sê forte. Não hesites.
Passado velho, é velho, já esquece.
O presente é novo e não merece
que tu recordes horas velhas e tristes.
Rasga a memória. Sê dura. Não medites.
O que passou, passou, não permanece,
na velha teia que a maldade tece,
não sofras, não te exaltes, não te irrites.
Rasga a memória. Sê calma, se insistes
a recordar todas as horas tristes,
a tua alma cristaliza, envelhece...
Rasga a memória. Sê crente. Esses convites
que vêm ter contigo são despistes
à paz, à tua fé, à tua prece.
Maria Helena Amaro
Outubro de 2014.
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