(Fotografia de António Sequeira)
Sinto da vida o mosto entardecer...
Recordações... ideias... sentimentos.
Abre-se a alma nestes doces momentos...
Busco a paz. Nela me vou prender.
«Tudo passa... tudo vai...» ouço dizer,
num tom amargo de ressentimento,
quem tudo apaga é o rude tempo,
nada na vida nós podemos reter...
O bem fica connosco... é o bem querer...
O mal amargo é preciso esquecer
mandá-lo embora nas asas do vento.
Ficar a sós não é envelhecer,
é recordar em paz todo o viver,
amor e dor... sei lá, sem um lamento!
Maria Helena Amaro
Outubro, 2014
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