(Óleo em tela de Maria Helena Amaro)
Ouço uma guitarra e estremeço.
Recordo o meu pai que tocava.
Eu era tão menina e já cantava...
São imagens que amo e não esqueço.
Eram serões de risos, de cantares,
de histórias, de rimas, de poemas...
De horas demoradas e serenas,
tão vividas, tão sentidas, tão vulgares.
O fado de Coimbra era a balada.
O fado de Lisboa era o gemido.
A música em nós era harmonia.
Que serão de paz, santa noitada,
que amor familiar tão fluído,
que recreio tão feliz ao fim do dia!
Maria Helena Amaro
20 de julho de 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário