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(Fotografia de António Sequeira)
Os meus olhos pulavam no teu rosto.
Saltitantes como loucas andorinhas,
a pesquisar em ti algum desgosto,
a oferecer ternura, coisas minhas.
Os meus olhos sem pejo, sem descanso,
iam e vinham numa dança, constantes,
buliçosos, num baile quente e manso,
à procura dos teus tão provocantes.
Os meus olhos não tinham dor, nem penas.
Era o tempo das rosas, dos poemas,
dos afagos, dos beijos, dos carinhos.
Os meus olhos eram raios de luar...
Mas houve um dia que quiseram chorar...
E não os viste? Andaste em que caminhos?
Maria Helena Amaro
Setembro 2013.
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