(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Bateu-me a mágoa à porta. Não abri...
Fiquei a sós, serena, desprendida.
Mas ela perseguiu-me toda a vida.
Fugi-lhe sempre à procura de ti.
À procura de ti... longa viagem...
Deixei a porta aberta e ela entrou.
Entrou, porquê? Se ninguém a chamou...
Ela parecia, apenas, só miragem.
Bateu-me a mágoa à porta. Eu gritei,
quando na minha casa a encontrei.
a controlar meus sorrisos e passos.
Que vou fazer da mágoa, já não sei...
Não tem nome, nem rigor, nem lei.
Anda a dançar suspensa dos meus braços!
Maria Helena Amaro
14 de agosto de 2013.
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