(Fotografia de António Sequeira)
Pendurei a minha alma numa estrela
e perdi-me de sonho
em certa madrugada...
Chamei de irmãs às nuvens
e fui atrás do vento
a rir e a cantar...
Pendurei a minha alma numa estrela
e busquei no espaço
um voo desejado
embriei-me no azul anil
fui ave, astro, nuvem, ocidente
fui grito de gaivota...
A estrela apagou-se...
O sonho foi embora...
As nuvens foram chuva
O vento tempestade...
Morri no voo
E nunca mais pendurei a alma
na nesga de uma estrela.
Maria Helena Amaro
Inédito, fevereiro, 2005
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