(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Sempre tomei a pior opção
Como se no mar me quisesse afogar
numa maré de dor e maldição...
Sempre disse este meu sim à dor
e sempre me submergi de mágoa
como a vida fosse toda praga
como nunca o sol fosse fulgor...
Sempre chorei estas dores do passado
sempre sorri a quem me queria ferir
sempre estendi os braços à traição
Agora, sabe-me a vida a areia salgada
se a maré vier, mais afrontada,
estendo-me no chão e deixo-me morrer...
Maria Helena Amaro
Inédito, julho, 2004
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