(Fotografia de António Sequeira)
Meu Amor, andou perdido,
por outros mares, marés
Teve o fruto proibido
viveu-o bem escondido
lá no fundo das galés...
Encontrei o meu amor
num dia de tempestade
foi espanto, maldição
que partiu meu coração
sem pudor e sem piedade...
Veio de novo a meus braços
todo de negro vestido
mas a minha confiança
feita de luz e de esperança
é barco no mar rendido
Sem remos, rotas e vela
está a nossa caravela
no areal encalhada
Procuro a onda do mar
mas a onda que chegar
é sempre, sempre salgada.
Não somos mais quem já fomos
e se formos, não sabemos,
nunca mais rota acertada...
Procuro a onda do mar
mas se essa onda chegar
eu sei que será salgada.
Maria Helena Amaro
Inédito, maio, 2004
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