(Fotografia de António Sequeira)
«Na mão de Deus
na sua mão direita
repousou enfim teu coração...»
Assim disse
o poeta, meu irmão
num jeito de cansaço e de oração...
Também teu coração
andou cansado
Também teu coração procurou poiso
coração dorido
enamorado
por veredas e rumos repartido...
Na mão de Deus procurou o
teu repouso...
na mão de Deus procurou
uma pousada...
Na mão de Deus procuro o
teu sentido
Na mão de Deus procurou
a paz negada...
Na mão de Deus
na hora que vier
meu coração então vai repousar...
Na mão de Deus
na sua mão direita
como um raio
como um sopro
como um grito
Na mão de Deus...
eu sei
eu acredito.
Maria Helena Amaro
Inédito, abril, 2004
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