(Quadro a óleo de Maria Helena Amaro)
A vida é um deserto que atravesso
mãos cheias de silêncio e de saudade,
de tristeza, de mágoa, soledade
que não quero, não aceito, não mereço.
No tear das minhas mãos eu teço rendas,
a preencher o tempo que se esvai,
mas o teu nome do meu peito não sai,
e nesta vida é a melhor das prendas.
Não mais te esqueço, jamais te esquecerei
tão grandes anos aqueles que te dei,
tanta ventura que vivemos, que vivi...
Peço a Deus coragem e clemência,
para suportar em paz a tua ausência
até que a morte me leve para ti.
Maria Helena Amaro
Julho, 2010
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