(Quadro a óleo de Maria Helena Amaro)
Metade do meu corpo foi contigo
e à míngua ficou outra metade
mergulhada em lagos de saudade,
encostada a um porto sem abrigo.
Navegar sem ti eu não consigo...
Não voltarás... Amarga essa verdade...
Estou sem ti... Sou toda soledade...
Tornou-se a vida estrada de castigo.
Tão duro não sentir o ombro amigo!
É o que penso, o que choro, o que digo
no arrastar da vida sem piedade...
Fecho-me toda; é o mundo, é o perigo,
é percorrer caminhos que não sigo,
pois só anseio achar essa metade.
Maria Helena Amaro
Esposende
3 de agosto de 2010
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