(Fotografia de António Sequeira)
Era tão jovem, carente, tão menina,
tão ciosa de sonhos e desejos,
que me assustavam de todo esses teus beijos,
e as promessas de ventura divina.
"Prender ou não prender" era a questão
e todo o dia perguntava ao destino,
se o meu coração dito peregrino,
iria ter, enfim, uma prisão.
O que achaste em mim, não quis saber.
Era já grande a dor de te perder,
de me trocares por um sonho ligeiro.
Sem condições vivi a minha sorte.
E mesmo agora depois da tua morte,
és para mim o meu amor primeiro.
Maria Helena Amaro
Esposende, agosto de 2010
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