(Quadro a óleo da autoria de Maria Helena Amaro)
Eu falava... e tu dizias: «Caladinha!»
E eu calava, sorrindo, obediente,
sempre da tua fala dependente,
pondo de lado, a fala que era minha.
E se eu calava, tu logo me dizias:
- perdeste o radar ou rompeu-te a cassete?
Brincavas sempre... Que grande diabrete,
sempre disposto a motejo, arrelias!
Eram tempos de alegria e sonhos,
nossos rostos, tão jovens e risonhos,
diziam de nós a toda a gente:
Felizes são! Felizes e fagueiros,
sempre alegres, serenos, prazenteiros,
- felicidade, harmonia presente!
Maria Helena Amaro
Agosto, 2010
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