(Quadro a óleo de Maria Helena Amaro)
Quisera ser cipreste. Colibri,
suspenso na cruz desse cemitério;
Seria para mim um refrigério
adormecer, na campa, ao pé de ti.
Mas não fui, não sou e nem serei
mais do que uma barata entontecida
a procurar no pó sinais de vida
d' alguém que na terra tanto amei.
Procuro a tua alma... onde está, onde?
na minha busca toda ela se esconde...
Em que Paraíso etéreo te deténs?
Na mão de Deus procura essa metade
que foi contigo, e na minha saudade
numa dança de Amor tu vais e vens!
Maria Helena Amaro
26 de julho 2010
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