Submerso no tempo
ficaste tu
como se nunca te tivesse visto
como se nunca te tivesse encontrado
Submerso no tempo
ficaste tu
como uma nuvem dispersa no espaço
como traço na poeira
da calçada
como um fio de metal
no estendal
Submerso no tempo
ficaste tu
Fecharam portas
cerraram cortinados
desceu o Sol
permaneceu a lua
Submerso no tempo
ficaste tu
Por todo o lado te procuro
como a vida
fosse passageira
e do outro lado do cais
eu te encontrasse
à minha espera...
Submerso no tempo...
Naquela manhã de Primavera.
Maria Helena Amaro
Inédito, agosto, 1999.
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