(Fotografia de António Sequeira)
Quem bateu à minha portadocemente
docemente me enganou
e me traiu
Docemente ninguém sabe
ninguém viu
Docemente
Docemente
Docemente
Quem bateu à minha porta
docemente
Docemente se fez um ditador
docemente tomou o meu Amor
docemente
docemente
docemente
Quem bateu à minha porta docemente
fez da hipocrisia a sua imagem
docemente abandonou-me
na viagem
Docemente
docemente
docemente
Maria Helena Amaro
Inédito, 1998
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