Mergulhavas nas ondas alterosas
e eu ficava na praia a espiar…
Angustiada, não fosses naufragar,
na flor das vagas espumosas.
Então, começavas a chamar:
«Vem até mim, vem, vem até mim!»
E, eu lá ia pensando ser meu fim,
de tanto medo que eu tinha do mar!
Eram momentos frios, dolorosos,
com o bater do mar no meu regaço,
e a tentar chegar à tua beira…
Vinham então teus braços vigorosos,
prender-me toda num carinhoso abraço
para que a onda me cobrisse inteira!
Esposende, agosto 2010
Inédito – Maria Helena Amaro
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