Hão de quebrar-se as asas do meu sonho
E ver-te-ei passar
D'olhos suspensos em estrelas maiores
Esquecendo-me toda
Que és a própria vida
Onde quero morrer...
A própria Dor há de chamar-se Luz
E dentro de mim
Dentro de mim onde moras senhor
Dos meus sonhos mais puros,
O ruído singelo dos teus passos
Será o eco próximo
Dum sino de cristal estilhaçado!
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
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