(Ilustração de Maria Helena Amaro)
O sal é branco e chamam-lhe salgado.
Da noite escura dizem-lhe estrelada.
À vida morta chamam-lhe passado
À minha fé, eu chamo caminhada.
À madrugada todos chamam dia.
Ao sol vermelho já chamam clarão.
A um sorriso chamarei alegria.
Mas à tristeza eu chamo solidão.
Assim se escrevem nomes acertados.
Uns são corretos outros são errados.
Uns vivem sós, outros são como irmãos...
O papel quer guardá-los bem guardados.
Mas eles saem de caneta disfarçados
e são poemas de entrelaçadas mãos.
Maria Helena Amaro
Março de 2015
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