(Fotografia de António Sequeira)
Que vento é esse que te empurra tão forte
ao longo da praia onde o mar se estende?
É a vontade que cavalga do norte,
dunas afora nas terras de Esposende.
De sal e areia é feita a cavalgada.
Tudo abate, tudo pisa, tudo empurra.
Que vento é este que não respeita nada,
agreste e frio que o meu rosto esmurra?
Lá vou com ele sem paz e sem perdão.
Peço que pare, mas não me dá razão.
Talvez à noite ele aquiete e se mude...
Se entardecer numa tarde de verão,
vai caminhar sereno e molengão
até ao souto da Senhora da Saúde.
Maria Helena Amaro
20 de maio 2013
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