(Fotografia de António Sequeira)
Sonhei um dia agarrar a madrugada.
Fazer dela um raro diamante
para que o sol ao nascer rutilante
nas minhas mãos fizesse uma morada.
A aurora do sol foi demorada,
depois de uma noite inebriante,
em que as estrelas em dança lancinante
impediram o surgir da madrugada.
Cantei ao sol a canção combinada.
Enchi de fogo a minha jovem estrada.
Do sol fui irmã, noiva, amante.
Para quê? O sol foi debandada
A minha espera não valeu nada
Ficou o sonho. Tornei-me caminhante.
Maria Helena Amaro
25/06/2013
Sem comentários:
Enviar um comentário