(Fotografia de António Sequeira)
A tua alma andou tantas estradas,
becos, labirintos e vielas,
sob o ruído amargo das procelas,
sob a chuva, raios, trovoadas.
A tua alma fez tantas caminhadas,
sob a luz ridente das estrelas,
que te deixaste enfeitiçar por elas,
porque eram jovens, celestes, encantadas.
Andastes pelos bosques de mãos dadas,
em busca de flores, faunas e fadas,
e não achaste sequer o rasto delas.
Não andes mais. Deita fora esses nadas
Dá à tua alma serenas madrugadas.
Faz dos teus olhos duas grandes janelas.
Maria Helena Amaro
17/05/2013
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