(Fotografia de António Sequeira)
Perco-me tonta por caminhos estreitos.
Dou pinceladas em velhas aguarelas.
Encho de luz e cor as minhas telas.
Tento traçar arabescos perfeitos.
Busco nos campos as flores mais singelas.
Papoilas, rosas e amores perfeitos.
Não sou pintora, mas tenho certos feitos.
Das mãos me saem gravuras algo belas.
Alguns quadros para mim são imperfeitos.
Outros são os mais belos, os eleitos,
que eu exponho à guisa de querelas...
Livre, sou livre. Nem deveres, nem direitos.
Pinturas para mim são filhos feitos.
Amo-as tanto que não quero perdê-las.
Maria Helena Amaro
24 de maio, 2013
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