(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Ficou o cordel na minha mão
o cordel de balão
para eu encher de Amor.
Era afinal o cordel da vida
para prender-me a alma
sem medida...
Procurei a cor do meu balão...
O vermelho encontrei...
De nova lá fui com o cordel
da vida...
Corri e não parei:
Hoje
penso tantas vezes
(e a saudade na minha alma acende...)
Que afinal naquele dia
não te encontrei
porque o destino
tanto engano
desprende!
Ficou-me o registo
naquele pedaço de papel
«grito de alguém,
silêncio que a alma não entende!»
Afinal...
Registo com ternura
o teu rosto
tonto de luz e vida
a desaparecer por entre a multidão
no fundo da Avenida!
Maria Helena Amaro
Maio, 1997
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