(Fotografia de António Sequeira)
Esgota-se a palavra, a frase e a ideia,
o discurso, a promessa, o argumento.
Na alma a revolta se incendeia,
não há fé, nem esperança, nem alento.
Vão na rua vozes de sofrimento,
que reclamam pão e vinho, uma ceia.
Ninguém escuta a dor deste tormento.
Surgem novos e velhos, em cadeia.
Tudo se esgota. É uma maré cheia,
de mentiras, que alguém negoceia,
em nome de um povo sem sustento.
Onde vamos nós nesta alcateia
enredados em tenebrosa teia.
Em busca doutra gente, doutro tempo?
Maria Helena Amaro
18/05/2013
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