(Fotografia de António Sequeira)
Depõe as armas. Desiste de lutar.
As tuas lutas são mágoas, pesadelos.
Destroços negros dos teus brancos anelos.
Urge, por certo, atirá-los ao mar.
É tempo de esquecer, de perdoar,
de ouvir, da voz, da paz os seus apelos.
Os males da vida melhor esquecê-los.
Reconstruir, erguer, perseverar...
Se há noite escura, também há o luar.
Se há choro triste, também há o cantar.
Se há desgostos, então, porque vivê-los?
Caminha em paz, que a paz há-de voltar.
Depõe as armas. Desiste de lutar.
Cultiva em ti sentimentos singelos.
Maria Helena Amaro
Fevereiro, 2014.
Sem comentários:
Enviar um comentário