(Óleo sobre tela de Maria Helena Amaro)
A família era chão que eu pisava
A casa grande onde todos cabiam
Muitos entravam e nenhuns saiam
que a casa grande a todos abrigava
Os pais eram a força dos trabalhos
da verdade, da ordem; do rigor,
do dever, do sonho, do amor,
sem algemas, sem penas e sem ralhos
Menina e moça, cresci neste labor
dividida entre a verdade e a razão
com as mãos estendidas para Deus
O meu chão tremeu em estertor
agonias, dores, em profusão.
Perdi espaços que sempre foram meus.
Maria Helena Amaro
21 de março, 2014
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