(Fotografia de António Sequeira)
E o sol eras tu
ridente diameantino,
a espalhar-se tonto
no mar da minha vida...
Maré baixa serena...
Maré alta subida,
ao encontro da praia
na luz enternecida.
Mais tarde,
muito mais tarde, na noite de breu,
o teu brilho de amor,
no céu esmoreceu,
e em dias sombrios,
tão escuros e frios
qual de nós não morreu?
Estendi os braços para o céu
e o céu eras tu...
E ias para o céu
suspenso do meu laço...
Estendi os braços para o sol
e o sol eras tu
a morrer no acaso...
Maria Helena Amaro
Março, 2014
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