(Óleo sobre tela de Maria Helena Amaro)
Há palavras estranhas, esquisitas,
que o povo pronuncia e domina.
Chama-lhes azar, sorte ou má sina,
praga, degredo ou muito desditas.
O fado é sorte, é tristeza maldita
Nasce connosco e vem desde menina.
Doenças, males que ninguém atina.
Existe a fé e ninguém acredita.
Horóscopos, profecias, previsões,
rezas e mitos, alucinações,
andam no mundo debaixo destes céus...
Estranhas seitas, tantas religiões,
descem à toa sobre as multidões.
Reinam na terra os laicos, os ateus.
Maria Helena Amaro
Março, 2014
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