(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Se soubesses como te quero ainda
na imensa solidão que me rodeia
se soubesses como tenho na ideia
aquele amor infeliz que nunca finda...
Se soubesses como a vida é linda
ao recordar aquilo que me enleia
na minha alma de tristeza infinda
no ideal que sonhou e não anseia...
Ando a cantar ao mundo os sonhos meus
que não sabes que não podes saber
nem sequer espelhas nos olhos teus
Minhas esperanças jamais hão de morrer
apesar dos teus olhares ateus
rirem da vida do Eterno Sofrer!
Maria Helena Amaro
(Dedicado a uma amiga)
Braga, 27/10/1953
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