(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Aquelas mãos que outrora me afagaram
em horas de saudade e amargura
nunca mais as minhas encontraram
tão fugidias andam de ternura
Aquelas mãos de veias azuladas
"que se curvam em frias etiquetas"
Têm a cor das rosas desfolhadas
e o perfume das tristes violetas
Aquelas mãos tão puras de criança
têm a luz da Bem-aventurança
entre os seus dedos leves, fuzilados...
Aquelas mãos estão cheias de esperança
para aqueles que são desde a infância
a imagem de pobres desventurados...
Maria Helena Amaro
Braga, 11/10/1953
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