(Ilustração de Maria Helena Amaro)
A visita
(Homenagem ao Sr. Padre Vila Chã em 10/07/2013)
Cinzenta a sala
o quarto
o corredor
a parede nua sem a Cruz
e sem retratos…
Persiana fechada
de vidros opacos
com a luz fria
pendurada no teto…
Cinzenta a sala
o quarto
o corredor
a parede nua sem a Cruz
e sem retratos…
Persiana fechada
de vidros opacos
com a luz fria
pendurada no teto…
Corpo doente… a alma esfarrapada.
Abriu-se a porta…
Alguém pediu entrada
Fiquei a olhar
Cinzenta e demorada…
Amigo? Médico?
Quem será desta vez?
Enfermeiro… talvez…
Mas o sorriso que no rosto
se abria
não era deste mundo.
- Bom dia! Eu sou o padre!
Naquela manhã de nevoento março
fiquei ali a escutá-lo muda…
- Doença?! Qual doença?!
- A vida é que se muda…
A doença deixou de ser doença
e a esperança desceu
à minha mão…
Um sorriso
uma palavra de perdão
uma bênção que não era cinzenta
encheu-me o coração.
Foi um encontro breve
uma pausa fugaz
mas o dia cinzento
transformou-se em luz
que me enchi de paz.
Sr. Padre Vila Chã
lá foi com um aceno
um sorriso fraterno.
Um sorriso de adeus…
E eu não fiquei só.
Fiquei com Deus
a falar com Jesus
fiquei com a palavra
de uma esperança serena…
Recordei a visita…
Que surpresa bendita!
E fiz este poema.
Pela manhã cinzenta
Cinzenta e demorada
- Enfim, muito obrigada!
Abriu-se a porta…
Alguém pediu entrada
Fiquei a olhar
Cinzenta e demorada…
Amigo? Médico?
Quem será desta vez?
Enfermeiro… talvez…
Mas o sorriso que no rosto
se abria
não era deste mundo.
- Bom dia! Eu sou o padre!
Naquela manhã de nevoento março
fiquei ali a escutá-lo muda…
- Doença?! Qual doença?!
- A vida é que se muda…
A doença deixou de ser doença
e a esperança desceu
à minha mão…
Um sorriso
uma palavra de perdão
uma bênção que não era cinzenta
encheu-me o coração.
Foi um encontro breve
uma pausa fugaz
mas o dia cinzento
transformou-se em luz
que me enchi de paz.
Sr. Padre Vila Chã
lá foi com um aceno
um sorriso fraterno.
Um sorriso de adeus…
E eu não fiquei só.
Fiquei com Deus
a falar com Jesus
fiquei com a palavra
de uma esperança serena…
Recordei a visita…
Que surpresa bendita!
E fiz este poema.
Pela manhã cinzenta
Cinzenta e demorada
- Enfim, muito obrigada!
Maria Helena Amaro
15 de março de 2012
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