(Fotografia de António Sequeira)
Na hora do amor
tu estarás de pé
esperando ansiosa
o sinal da verdade...
Tuas mãos hão de erguer-se lentamente
como orando à tardinha
ao cair das Trindades...
Numa prece de sonho
que só tu compreendes
O céu será azul
As estrelas brilharão com fulgor
E tu
a menina de dor
hás de sentir nos teus olhos profundos
o orvalho da fé
Na hora do amor
no teu jardim os botões carminados
hão de abrir-se a par risonhamente
diante da ventura
Na hora do amor
tu saberás dizer não à loucura
Dizer sim à razão
E serás feliz eternamente
no teu sonho de luz...
Maria Helena Amaro
1958
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