(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Ergo-me cedo,
estendo as asas à luz da madrugada
e visto-me de Esperança...
Não sei se vou nascer...
Canta dentro de mim a terra inteira
e já não sei chorar...
Mas, se não tenho asas,
porque há em mim esta sede de voar?
Olhos no Sol
acredito de novo
em amizade, em ternura, em respeito
na parte bela de que o homem é feito
na luz ridente do Sol que vai nascer...
Subitamente
a nuvem negra desce sobre mim
e deixo-me morrer!
Maria Helena Amaro
Abril, 1070
(Concurso Pedro Homem de Melo)
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