(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Minha Mãe!... Minha Mãe!... Quanta beleza
Há nos teus olhos cheios de doçura
Quanta compreensão quando sinto tristeza!
Quanto alívio quando sinto amargura!
Tu hoje brilhas mais do que uma estrela
Mais que um facho que ilumina meus passos
Tens mais valor que uma joia bela
Quando busco refúgio nos teus braços
Hoje queria dar-te tudo quanto tenho
Mas tudo o que vejo eu desdenho
E tudo que te dou me dás também
Joias em ti têm pouco valor
Por isso dou-te estes versos de amor
A minha prenda de anos, minha mãe!...
Maria Helena Amaro
Inédito, Esposende, 1952
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