(Fotografia de António Sequeira)
Um dia
picou os dedos
a costureira
e encheu de sangue o dedal prateado
e de lágrimas sentidas
o rosto prazenteiro
Ai se eu fosse alfaiate
iria beber
as lágrimas caídas
e ficaria para sempre
enfeitado
preso e abraçado
- é que o feitiço prende -
Doce costureirinha
de uma ruela estreita
da praia de Esposende.
Maria Helena Amaro
Inédito, janeiro de 2008
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