(Fotografia de António Sequeira)
Vou no mar
como uma caravela de quinhentos
contra o ar
a tempestade
os ventos.
Conto estrelas
e espreito marés.
Agarro limos sargaceiros
algas castanhas
envolvo-me nas ondas
com espuma a meus pés...
Vou no mar
no mar me deixo ir
e embalar
como se o horizonte fosse meu
sem destino
ou rota marinheira
em direção ao céu...
Vou no mar
e esfalfada me estendo na areia
filha do vento
ou neta de sereia
sou marina-mulher
ou sou traineira...
Vou no mar
que esta terra já nada me diz
no mar
vou embarcar
e ser feliz!
Maria Helena Amaro
Esposende, agosto de 2008.
Publicado no jornal "Diário do Minho" em outubro de 2008.
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