(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Volto à solidão dos vinte anos,
alma solteira e coração vazio,
medo de fraudes, de erros, de enganos,
tardes de vento e noitadas de frio.
Faço caminhadas sem esperança,
volto às rimas de Régio e de Pessoa,
aos versos tristes de Florbela Espanca
e aos fados dolentes de Lisboa.
Da noite faço dia, do dia madrugada,
caminho exausta nesta longa estrada,
a recordar o que tive e perdi...
Do muito faço pouco, do pouco faço nada,
acordo morta, adormeço cansada...
Sei que não vens... Mas espero por ti.
Maria Helena Amaro
Outubro, 2010
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