(Ilustração de Maria Helena Amaro)
O poeta é «mentidor»,
mente por tudo e por nada,
do sapo faz uma flor
dum boi faz uma manada.
O poeta é «mentidor»
mente de noite e de dia,
de um sorriso faz amor,
de uma tristeza, alegria.
O poeta é «mentidor»
da guerra faz harmonia,
de afeto faz favor,
do sonho faz nostalgia.
De tanto, tanto mentir,
ninguém vai acreditar
que é mendigo a pedir
que é barco a naufragar.
Maria Helena Amaro
Janeiro de 2011
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