(Fotografia de António Sequeira)
Apaga a lua, não quero ver a lua,
que a lua é traiçoeira, é enganosa,
veste de anil dourado, cor de rosa,
as paredes dos prédios cá da rua...
Apalpo as formas que estão à minha beira.
Todas iguais? Não, é puro engano
dá-lhes forma a lua todo o ano,
brilham de luz, assim, desta maneira.
Apaga a luz, não quero a lua aqui,
vem recordar tantas noites que vivi
recostada em teu braço ardente...
Passou a vida. Na dor fiquei sem ti,
mas as horas de luar não esqueci.
Não quero a lua, porque esta lua mente.
Maria Helena Amaro
Braga, 1/10/2010
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