(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Meus versos são soluços comprimidos
que saem pouco a pouco de meu peito
são lembranças do meu sonho desfeito
são o eco dos meus débeis gemidos
Meus versos são poemas da tortura
que minha alma murmura em desatino
são atalhos tortuosos do destino
que me conduzem à negra desventura
Meus versos são rosários de amargura
são os cânticos daquela ventura
que eu sonhei um dia com ardor
Meus versos são os muros arruinados
os meus castelos de ilusão levantados
Meus versos são hinos sem Amor!
Maria Helena Amaro
24/07/1953
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