(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Minha mãe! Tu tens dentro de ti
alguma coisa que cura e vivifica
e o teu peito de mãe onde vivi
tem algo belo que também purifica...
Quando eu olho os teus olhos cinzentos
onde se espalha a mágoa e o pesar
tu tens sempre ternura para dar
aos meus abrolhos escuros e sangrentos...
Quem me dera olhar por toda a vida
o teu olhar de Mater Dolorosa
que sofre, que perdoa, que enternece...
Ó quem me dera minha mãe tão querida
que a morte viesse vagarosa
e reunidas o Céu nos recebesse...
Maria Helena Amaro
Esposende, 17/01/1955
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